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Pontos de Vista

Porque tudo na vida tem um ponto de vista

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31
Mar16

Amar alguém - Miguel Esteves Cardoso

olhar para o mundo

Miguel Esteves Cardoso

 

Amar alguém

 

Amar é como o prazer de conseguir estar sozinho - mas melhor. Amar é o prazer de descobrir continuamente que há alguém com quem se quer passar o tempo todo, incluindo o tempo que se quer passar juntos e o tempo que se quer passar sozinho.

 

Amar é um casamento de solidões que, gozando o prazer da juntidão, mesmo assim não prescinde dos prazeres de duas solidões juntas, estejam momentaneamente separadas ou reunidas.

 

Amar alguém é uma coisa egoísta que só nos faz bem. Mas só se a pessoa amada nos contra-ama também. Ser amado alivia muito a loucura de amar e de ser obrigatoriamente infeliz por causa disso.

 

Amar e ser amado é a melhor sorte que se pode ter. Não são milagres que aconteçam por acaso. É preciso trabalhar com leviandade - por muito cheio de amor que o coração esteja - para que esses milagres, facílimos, comecem a habituar-se a acontecer regularmente.

 

Amar alguém é um alívio: é poder deixar de pensar que cada um de nós é marginalmente mais importante do que qualquer outra pessoa que nasceu nesta vida e neste planeta.

 

Amar alguém é um baluarte contra o mundo, um salvo-conduto, uma casa aonde não só se pode regressar como ficar fechado dentro dela, sem precisar de sair.

 

Amar alguém é a única, verdadeira distracção. Os que não amam - muitos porque têm medo de se entregarem - chamam obsessão ao amor sem saber que o amor é o grande apagador de insignificâncias e a única maneira de fazer coincidir a alma e a atenção em duas vidas.

 

Miguel Esteves Cardoso

Retirado do Público

 

30
Mar16

Fernando Pessoa - Como ser livre

olhar para o mundo

Fernando Pessoa

Como Ser Livre

Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo - quando o homem se ergue a este píncaro, está livre, como em todos os píncaros, está só, como em todos os píncaros, está unido ao céu, a que nunca está unido, como em todos os píncaros.

Fernando Pessoa, 'Teoria da Heteronímia'

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