A Mafalda no Facebook - a melhor idade da vida é estar vivo
Que importam os anos? o que realmente importa é comprovar que a melhor idade da vida é estar vivo
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Que importam os anos? o que realmente importa é comprovar que a melhor idade da vida é estar vivo
Riem-se de mim por eu ser diferente, eu rio-me de vocês porque são todos iguais
Bob Marley
O fracasso é a oportunidade de recomeçar com mais inteligência e redobrada vontade
Henry Ford
Letra
Camões não inventou palavras
para exprimir esse momento
Anjos aplaudem nosso amor
nossa felicidade
nossa alegria
Até Deus sorriu pra nós
Nuvens formaram nossa imagem no céu, no céu
Coração explode pela boca
E a nossa voz fica rouca de tanto gritar te amo
de tanto gritar te amo
E o nosso amor é lindo
E nos faz feliz
Mas o mundo nos chama loucos
porque falamos sozinhos na rua
nos chamam loucos
porque contamos estrelas no céu
nos chamam loucos
porque tatuamos nossa imagem no coração
E cai neve em todas estações
E até no rádio dedicam-nos canções
O mundo rendem-se ao nosso sorriso
Somos exemplos do paraíso
Formamos um par perfeito
E a nossa chama se espalha
O sorriso encontra
Como é doce o beijo
Oho oho ohoho
Como é doce o beijo
Mas o mundo nos chama loucos
porque falamos sozinhos na rua
nos chamam loucos
porque contamos estrelas no céu
nos chamam loucos
porque tatuamos nossa imagem no coração
amoor
meu amor
te amo baby
baby, baby
O mundo nos chama loucos
"O meu pai"
Morreu tranquilo e apaziguado, fez ontem uma semana. Na última semana viu todas as pessoas que verdadeiramente lhe interessava ver – fez-nos rir, mostrou-se feliz pelo prémio de investigação que deveria receber em Novembro, mas ao contrário de todas as outras vezes não se comprometeu com mais uma redenção.
Há vinte e sete anos, também num dia de calor, fiquei destroçado. Informou-me que talvez fosse a nossa última conversa porque lhe fora diagnosticada uma doença que se mostrava fatal e infalível no seu rasto de destruição. Nesse dia, nesses primeiros dias, deixou-se ficar por casa, afundou-se na cama do quarto de sempre, contou as horas que faltavam para iniciar a viagem para o fim. Tudo nele parecia derrota, não pelo medo da morte mas pela irremediável sensação de que não se cumprira, pela terrível ideia que desperdiçara a sua vida.
Deu a volta às gavetas. Queimou as fotografias que tinha, as suas memórias, os sinais do que julgava ser o seu falhanço. Ficou assim algumas semanas e, num dia igual aos outros, sem que conseguisse explicar porquê, saiu do quarto e jurou aos mais próximos que decidira vencer a doença. Foi aí que renasceu. Foi nesse preciso momento que começou a viagem que o faria chegar, contra todas as expectativas, a um sítio onde apenas estão os que partem de consciência tranquila.
Esta é então a história de um homem que provou não existirem impossíveis. O homem que decidiu tirar num só dia todos os dentes porque o médico lhe disse que eram potenciais focos de infecção. O que fez questão de assumir a doença publicamente para combater a discriminação. O que resistiu à toxoplasmose, tuberculose, linfoma, meningite, septicemia, hepatite. O que esteve três vezes em coma e sem muitas esperanças de sobrevivência. O que durante tantos e tantos anos tomou mais de 50 comprimidos todos os dias. O que fez todas as quimioterapias possíveis. O que aproveitou os momentos disponíveis para investigar sobre o fado, para escrever várias colecções de referência, para ganhar prémios, dirigir o trabalho de associações de combate à discriminação, coordenar acções de formação e ajudar dezenas de doentes a acreditar que na vida cada um deve lutar até ao fim e não desistir.
Esta é a história do meu pai. De quem estive afastado uma vida e que tantas vezes não compreendi, o meu pai – militante comunista, exilado em Paris, co-fundador do grupo de Teatro A Barraca e filho de Alice, a mulher da sua vida. José Manuel Osório, chamava-se. Fez ontem uma semana que partiu. Tranquilo e apaziguado.
Nos últimos anos coordenou duas monumentais colecções de fado. Em 2005, organizou a convite de João Pinto de Sousa o projecto Todos os Fados, publicado pela revista Visão. Esteve na primeira linha entre os que fundaram o Museu do Fado, coordenou as Festas da Cidade de Lisboa e tudo isso depois de estar doente – quando quase todos pensavam em surdina que não acabaria o que tinha em mãos, ele pensava na próxima ideia a concretizar.
Essa é a sua marca, o motivo pelo qual me orgulho. À sombra da desconfiança de todos os olhares e com o terrível peso de uma doença que o destruía por dentro, soube e teve a coragem de construir uma obra e o sentido que lhe faltava.
Ao contrário das outras vezes, tantas e tantas que a sua morte foi antecipada, sabia que agora o tempo se estreitara. A última vez que estive com ele a sós não me falou de nenhum projecto que quisesse terminar. Limitou-se a sorrir. Estava pronto.
O primeiro texto que escrevi foi uma cunha sua. Joaquim Benite, ao tempo chefe de redacção do jornal Diário recebeu-me a seu pedido – «o teu pai está convencido que tens talento, diz-me coisas». Escrevi dois textos: sobre o movimento skinhead e uma entrevista ao Rodrigo Leão.
A primeira vez que fui sócio do Benfica foi ele que me inscreveu. Entrei pela sua mão na sede da Rua Jardim do Regedor, onde homens jogavam bilhar e comentavam jogos da véspera. Que felicidade a minha.
O primeiro filme interdito a maiores de 18 anos vi com ele. Nessa noite a RTP anunciara o Pato com Laranja, um erótico italiano e a avó Alice pediu-lhe para me tirar de casa. Para compensar levou-me ao Roma onde estava em exibição Pink Floyd The Wall. Não me parece que, em algum momento, lhe tenha passado pela cabeça que talvez aquelas imagens fossem demasiado violentas para uma criança que ainda não completara os dez anos. E não fizeram, pai.
A primeira vez que me deitei de madrugada foi depois de uma borga com ele. O primeiro concerto a que assisti foi com ele. Apresentou-me a Cunhal, Manuel Alegre, José Mário Branco, Ferré, Chico Buarque. O ursinho com que adormecia na infância era o mesmo que o adormecia…
No 8.º ano, por força da puberdade, tive seis negativas no segundo período. Convidou-me para jantar e, como se nada fosse, perguntou-me pelas notas. Informei-o de que tudo estava bem, como podia estar mal? Impassível, sem elevar a voz, disse-me que talvez existisse um equívoco: «Esta tarde estive no liceu e pareceu-me ter visto seis negativas. Não quero saber mais nada nem falar mais disto. Mas se for verdade quero que resolvas isso. Não tenho que me preocupar, pois não?».
Numa longa conversa, publicada num livro, confessou-me que gostaria de ouvir, antes de morrer, o Com que Voz de Amália Rodrigues. Se tivesse tempo escutaria ainda Maria Callas a interpretar ‘Casta Diva’, uma ária da Norma, de Vincenzo Bellini. Jantaria um bife no Pap’Açorda e arrumaria os livros no quarto para separar os que não podiam deixar de ficar para mim.
Oiço então Amália. E termino com as suas palavras: «Os meus dois netos são um caso à parte. É natural que olhe para eles de uma forma diferente, é até natural que olhe para eles como nunca olhei para ti. Mas normalmente olho para ti quando estás distraído. Assim que percebes, desvio o olhar. Como os dois miúdos não me perguntam ‘porque estás a olhar para mim?’, olho sem qualquer preocupação. Se um dia me perguntarem, também saberei desviar o olhar».
* A última palavra gostaria que ficasse para Ana Campos dos Reis, directora de serviços de apoio ao VIH da Santa Casa da Misericórdia. Ela foi o seu anjo, ela é um anjo. E para Tozé Brito e Manuel Faria, eles sabem porquê.
Luís Osório
Retirado de aqui
Segundo este site esta frase não é de Albert Einstein
Letra
What if, what if we run away?
What if, what if we left today?
What if we said goodbye to safe and sound?
And what if, what if we're hard to find?
What if, what if we lost our minds?
What if we let them fall behind
And they're never found?
And when the lights start flashing
Like a photobooth
And the stars exploding, we'll be fireproof
My youth, my youth is yours
Trippin' on skies, sippin' waterfalls
My youth, my youth is yours
Runaway now and forevermore
My youth, my youth is yours
A truth so loud you can't ignore
My youth, my youth, my youth
My youth is yours
What if, what if we start to drive?
What if, what if we close our eyes?
What if we're speeding through red lights into paradise?
Cause we've no time for getting old
Mortal body; timeless souls
Cross your fingers, here we go
And when the lights start flashing
Like a photobooth
And the stars exploding, we'll be fireproof
My youth, my youth is yours
Trippin' on skies, sippin' waterfalls
My youth, my youth is yours
Runaway now and forevermore
My youth, my youth is yours
A truth so loud you can't ignore
My youth, my youth, my youth
My youth is yours
My youth, my youth is yours
Trippin' on skies, sippin' waterfalls
My youth, my youth is yours
Runaway now and forevermore
My youth, my youth is yours
A truth so loud you can't ignore
My youth, my youth, my youth
My youth is yours
My youth is yours
My youth is yours
A tua estrada é só tua, outros podem andar a teu lado, mas ninguém pode andar por ti
Rumi
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